terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O que atravessa.


As cores. Os sons. O toque. O sexo. Tudo que mexe, o que se faz sentir.
Por te amar demais eu me perdoou. Quando vou embora; Quando volto; Nas minhas demoras por ai...
Eu choro de rir. Enquanto minhas ações são diferentes aos impulsos e me perco agindo feito desvairada trancada no quarto com um copo de gyn.
Me diz o que adianta pintar os olhos, se quando você olha é pela minha alma que busca?
Sinto que por dentro você solta leves gargalhadas de minhas ridículas demonstrações. E eu cantei, e emudeci.
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Jamais vi beleza tão linda assim no meio de bêbados febris, dementes se rasgam ao seu redor por um único olhar, e eu já estive ali... Agora? Pode guardar as sobras para os porcos, as nossas melhores lembranças solitárias... Mas devo assumir, eu nunca vou te lhe dar o maior prazer de me ver chorar.
O seu futuro amor, é tão futuro que distante corre por medo da tua presença.
- Que sensação de plenitude é essa? - Minha presença.
Todo o teu sexo me atravessa ao me olhar. Você gravou as unhas no meu coração que sonha por pulsar de novo...- Está ouvindo? - Não o que? - Chega mais perto, e ouve. Meu coração pulsando, gritando por outro nome.
Não existe fim de algo que nunca nasceu pra ser aquilo que o desejo consumiu em confusão.
Você é um daqueles sonhos medonhos, que eu sonho; Desejando acordar e beijar minha realidade que tanto bem faz. Mas olha que maldade!

Ensine-me metade do contentamento
Que teu cérebro deve conhecer,
E uma loucura tão harmoniosa
Fluiria de meus lábios.
O mundo, então, deveria ouvir- como estou
ouvindo agora.

E agora ao fechar os olhos teus lábios me ditam aos ouvidos palavras com poucos sentido. E isso que ficou guardado em mim me queima. 

Verdadeiramente, meu Satã, és um estúpido;
e não conheces a roupa do homem;
Toda meretriz foi virgem um dia.


Talvez seja o destino de Peixes viver com esse daimon extraordinário, porque repudiá-lo, pode ser perigoso. A própria vida desmembrar, se não for bem-vinda. E seu acesso criativo às profundezas do insondável mundo da água.
E eu nunca me senti tão vitima como agora. Pois já vimos elas são uma e a mesma pessoa.
E seus arranhões não deixam de sangrar, não menos.
Por algum flerte qualquer eu deixei de desejar-te tanto quanto desejo. E o que fazer? Me deixa viver, por favor. Eu mereço. Preciso, anseio cada novo anoitecer por isso, e seu egoísmo não me deixa ser livre.
-Se eu soltar o peixe de volta no mar ele nunca mais vai voltar. - Vamos correr o risco de você ser cruel o bastante a ponto do peixe não sentir saudade da tua mão.
Fez-se silencio e quebrou em si. Explodiu aquele calabouço que não lhe deixava mais oxigênio há míseros 10 anos.

Kamilla Mengali- Não se fala.

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