quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Quando? Heim...




Se não for agora, quando?
Tem hora de parar e tem hora de partir. Tem hora de permanecer quieto e calado num canto, e tem hora de cantar e de voar. Agora, agora não é hora de dobrar as asas, nem de calar a voz, nem de catar gravetos para fazer o ninho. Agora não é hora de sentir remorsos. Não é hora de buscar consolo, nem de caiar o túmulo.
Agora que estou na beirada, bêbado de alegria e pronto para o salto, não me segure em nome de nada. Não queira impedir-me dizendo que é muito cedo, ou que é muito tarde, ou que está escuro, é perigoso, muito alto, muito fundo, muito longe... não! Se você não puder incentivar-me para o salto; se você não puder empurrar-me em direção à vida, então não me segure. Não me prenda, nem me amarre. Não envenene com teu medo a minha dança. Seja só uma silenciosa testemunha desta vertigem porque agora, agora é hora de voar. É hora de abrir-me a todas as possibilidades e saltar num vôo livre e sem destino pra dentro de mim mesmo.

           - Eu só não gostaria que sua negatividade me alcançasse. Você por me conhecer deveria mais do que qualquer um compreender minha forma de agir e pensar, e sabe melhor do que ninguém que alguém como ela... Não existe. Por isso eu me joguei a muito tempo, no infinito que ela significa pra mim, e o que eu mais gostaria de dizer é que: Eu não ando por ela, eu não respiro por ela, eu não amo por ela, faço tudo isso por mim, pelo meu egoísmo. O meu egoísmo nunca esteve tão certo de si. Esta vivo e vive por si, e ama por demasiado a companhia dela. Eu faço tudo de acordo com que sinto. Eu. Não ela. Ela é apenas Ela.

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