segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A Raiz.


Enquanto oculto, incubado somos levados a sentir sem o acesso ao tato, a audição, o paladar, e o olfato, induzidos a sentir enquanto não existe inspiração, um processo de indução natural, transferência.  O processo de materialização, temos como objetivo intuitivo nativo, a busca pela evolução, o crescimento, enquanto seguimos esse processo, nesse indo e vindo somos defrontados com o ‘nada’ que não deveria afligir, mexer, mas é medonho e para. De olhos vendados, lançados por irônicas escolhas nos jardins de rosas - enquanto corta as pontas dos dedos nos espinhos.- Com certa possessão por coragem, resistência, perseverança o ‘nada’ teria seu papel, de nada. Com o nascimento da ideia, um processo gratificante e doloroso de um parto normal, que remete a pensamentos quanto maiores e longes. Os companheiros, são os fios;  Apenas a menor parte e mais significativa que liga um ponto de um nascimento ao seu curso natural, alinhavar, remendar, unir, ampliar algo que nasceu para ser infinito. E mesmo puído, disforme, retalhado todos sem exceção podemos ou devemos nos unir.
Nesse processo de autoconhecimento quando há crescimento somos revestidos de uma armadura, um véu de energia, canalizada e liberada pela natureza para abrir e purificar os caminhos. O crescimento é um percurso natural de toda alma resignada, destinada com controle para notar que ao redor do que nasceu para ser infinito paira muitos outros abismos, curiosidades, vontades, sentimentos, com o mesmo objetivo e desejo de serem notados. E nesse vai e vem da energia dos cosmos superiores somos embalados em coletividade impressionantes e preparados para esse sobe e desce, aos poucos, com calma; - com o tempo o pensamento flui e flutua ao lado, ao alcance dos lábios.
- Pensando bem, analisando tudo isso que esta aqui flutuando a minha volta, penso que não nasci para ser pensadora. Não quero perceber o que esta a minha volta, enquanto não souber o que esta dentro. Falando em tom de desabafo, sendo ouvido pela consciência da sua própria solidão acompanhada;  - O que conclui disso? – Concluo o que disse, não tenho tino para pensadora. Sou uma Sentidora nata, quero fundo, intenso e o profundo de cada um, cada subterfugio do amor, para cada uma dentro de mim, o que me acomete, me instiga, apetece, deseja, e querer quiserem ir eu vou. Quando eu tiver plena ciência do que eu sinto, buscar o que esta a minha volta será uma consequência natural, evolução.  Terminou aquele pensamento com um sorriso nos lábios, assentindo outro com a cabeça; - Boa garota! Eu sempre disse que um dia você deveria começar de um lugar, nunca pensei que o pior deles. Boa sorte. Paz. Fé em Deus acima de tudo. E foi.
Lembranças, e saudades de vários amores, lembranças de pessoas que souberam com maestria lhe doar companhia verdadeira, inspiradora e até muitas vezes saborosas e prazerosas, pois hoje que vi o sol me lembrei de cada um que me acompanhou enquanto estava como broto. Aqui, não é como eu imaginava, eu nunca pensei sequer perto, passei longe. É muito melhor. Percebi que sou burra além de tudo, as situações podem e são maiores até do que a imaginação consegue ir. Pessimismo? Então no fim do túnel existe uma superação. Todo dia.
Leve, solta, livre, sobe o sol, o passaporte nas mãos, a praia em frente, toda aquela imensidão, os carneirinhos correndo soltos nas nuvens e meus pés presos aqui na areia. Fogo. Voar. Salto livre, em movimento aberto, solto.

Kamilla Mengali - Toma. 

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