segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Como decidir? Como saber?

Mas andei olhando carinhosamente pra mim, um olhar atento. Vi-me, mas reconheci não só a mim. E confesso, não gostei do que vi.
Amar no estilo fast de viver. Quantas vezes nos deparamos com isso no dia-a-dia, propaganda, televisão, filmes, incentivando o sexo sem compromisso, os envolvimentos fugazes, passageiros, como se até realmente o amor tivesse definitivamente entrado nesse estilo fast.
Nossa, por experiência própria eu sei o quão difícil é avaliar os riscos de uma relação, em especial, por que se trata de duas pessoas, dois corações, dois seres com razões e emoções diferentes entre si. Mas temos que ser responsáveis pelo que somos, pelo que pensamos e pelas nossas escolhas e limites, por nossos atos e também, a falta deles.
Você acredita ter ética? Até onde o romantismo do amor incondicional vai ocupar o espaço na sua realidade, até onde você acredita que vale chegar para vivenciar uma relação? E o preço? Será que desistir não seria mais saudável? Quanto de dor tem que doer para entender que, diante de sua própria dor ou da dor do outro, o melhor é rever seu lugar, sua postura e suas escolhas?!?
Entre a guerra diária, o vale tudo, a falsidade mantida em algumas relações, ou a esperança que essas relações aconteçam, parece que a única semelhança é a inconsistência. Não existem motivos para uma relaçação realmente consistentes, não existem motivos para o amor; isto é, falta motivação para o coração. E nesse caso, a falta equivale à inexistência. Não existe esse gancho que una o desejo à coragem de expor os sentimentos.

Saber o que é certo ou errado, não consigo avaliar. Não tenho essas respostas Não pra você, as tenho pra mim. Ando pelo meu caminho e cada um no seu. Ou seja, de sua ética é você quem deve saber! Mas não seria ideal que cada qual, de vez em quando, desse uma olhada pra si, com esse carinho, com essa atenção. Não julguemos, não sejamos preconceituosos, não queiramos ter a verdade absoluta, não sejamos vaidosos, ou prepotentes. Vamos apenas respeitar a nós, nossos sentimentos, nosso amor próprio. Respeitar nosso limite, sem impor eternos ou incondicionais. Vamos apenas respeitar nosso coração... ainda que isso signifique abrir mão de uma relação ou de um desejo de relacionar-se... por amor a si mesmo e ao outro!

Ai essas escolhas que nos acometem a alma, apreendem os suspiros e matam os sorrisos... Pela tão dá covardia que o mundo sucumbiu... Derretemos e enterramos assim todo e qualquer desejo.


Depois não venha me dizer que eu não avisei...

Um comentário:

  1. Diante destas verdades tão necessárias sobre o amor, que acabo de ler, só me vem uma coisa em minha mente: O amor própio é a base do verdadeiro amor!

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